Nossa
sensibilidade à temperatura depende de dois tipos de sensores: Os
receptores de frio e os de calor. Os primeiros são ativados em
temperaturas em torno de 25ºC, enquanto os receptores de calor
respondem a temperaturas ao redor de 40ºC. A sensação de
conforto, em tese, é obtida em temperaturas perto de 32 ou 33ºC,
que estimulam todos os sensores na mesma intensidade.
Entretanto,
como esses receptores estão localizados um pouco abaixo da
superfície da pele, a temperatura que eles “medem” é resultado
de vários fatores. A temperatura da própria pele é um deles, mas
não o único. A sensação depende do calor trazido por objetos em
contato com a pele, como a roupa; do calor radiante do meio, com a
luz de uma lâmpada, e do calor dissipado pela transpiração.
Depende também do calor que chega a partir dos vasos sanguíneos,
que quando se dilatam fazem o sangue aflora à pele,
transmitindo-lhes mais calor. O inverso acontece quando se contraem.
A
camada de ar retida em uma blusa de lã, por exemplo, funciona como
isolante térmico. Por isso sentimos mais frio quando está ventando:
o vento remove essa camada de ar, fazendo com que a pele perca calor
mais rapidamente. Da mesma forma, a exposição a uma fonte de calor,
como o sol, também altera nossa percepção.
Fonte:
Marcus Vinícius Baldo, professor de Fisiologia do Instituto de
Ciências Biomédicas da USP; Galileu, abril de 2003).
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