Sim, mas isso é raro de
acontecer.
Os
peixes-elétricos produzem energia como uma pilha, ou seja, por separação de
cargas iônicas. A descarga é produzida por células especializadas chamadas
eletrócitos. Potássio e sódio são separados dentro e fora do eletrócito,
respectivamente, tornando o interior negativo e formando uma corrente elétrica
entre os pólos.
Os
peixes-elétricos descarregam pulsos fracos na água durante toda a vida, numa
freqüência de poucos até mais de mil pulsos por segundo. Como a maioria desses
animais emite correntes de baixa voltagem, o efeito no organismo é mínimo. Mas
não é o que ocorre com o poraquê, cujo choque pode ter até 800 volts.
O
poder desta lendária enguia elétrica da bacia amazônica impõe tanto respeito
que, entre os caboclos que vivem ao longo do Rio Amazonas, acredita-se que sua
descarga na base de uma palmeira pode fazer com que as frutas caiam. De fato, o
choque pode causar sérios danos, mas somente se atingir regiões que afetam
músculos, nervos ou o coração.
(Fonte: Fernando Pimentel de Souza, prof. do Inst. de Ciências Biológicas da
Univ. Federal de Minas Gerais; Galileu, 04/2003).
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