A
palavra ‘aurora’ tem, pelo menos, dois significados distintos: um
é a claridade da iluminação solar indireta que precede o despontar
do Sol no horizonte; o outro é o clarão com formas e cores
variadas, observado no céu das regiões polares. A aurora austral
refere-se ao segundo significado e representa o fenômeno observado
em região próxima ao pólo Sul da Terra. Aurora austral e aurora
boreal consistem no mesmo fenômeno físico, apenas ocorrem na
proximidade de pólos geográficos opostos. A Terra possui um campo
magnético global. É a esse campo que as bússolas respondem. Por
outro lado, o Sol emite partículas o tempo todo na forma de vento
solar e mais intensamente durante as explosões solares. Ao se
aproximarem da Terra, pelo fato de serem eletricamente carregadas,
essas partículas se deixam aprisionar no campo magnético da Terra
como que em uma ‘garrafa magnética’. Partículas provenientes de
explosões solares podem ser canalizadas verticalmente em ambos os
pólos magnéticos. Ao colidirem com átomos de oxigênio e moléculas
de nitrogênio e oxigênio da atmosfera terrestre entre 100 km e
1.000 km de altitude, esses átomos e moléculas podem ser
energizados. Mas, em seguida, eles se desfazem da energia adicional
emitindo luz, fazendo as auroras aparentarem cortinas de várias
cores e tons, agitadas pelo vento. A ocorrência de auroras aumenta a
cada 11 anos quando o Sol fica mais ativo, isto é, com mais manchas
na sua superfície. As auroras também geram ondas de rádio que
podem ser detectadas. Ocorrem também em outros planetas do Sistema
Solar que tenham campo magnético. As miragens de deserto consistem
em fenômeno distinto das auroras. Quando há uma variação sensível
da temperatura entre duas camadas de ar, estas atuam como uma
superfície refletora da luz ou espelho que produz uma imagem
invertida da paisagem. Quanto à influência da localização
geográfica sobre o fenômeno, as auroras são observadas nas regiões
polares porque os pólos magnéticos se encontram perto dos pólos
geográficos. (Oscar
Matsuura, Museu de
Astronomia e Ciências Afins/RJ, Ciência
Hoje, 03/2000).
eu não consigui ler direito
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