sábado, 17 de novembro de 2012

O que é aurora austral? Qual a relação com as miragens do deserto e a aurora boreal?


A palavra ‘aurora’ tem, pelo menos, dois significados distintos: um é a claridade da iluminação solar indireta que precede o despontar do Sol no horizonte; o outro é o clarão com formas e cores variadas, observado no céu das regiões polares. A aurora austral refere-se ao segundo significado e representa o fenômeno observado em região próxima ao pólo Sul da Terra. Aurora austral e aurora boreal consistem no mesmo fenômeno físico, apenas ocorrem na proximidade de pólos geográficos opostos. A Terra possui um campo magnético global. É a esse campo que as bússolas respondem. Por outro lado, o Sol emite partículas o tempo todo na forma de vento solar e mais intensamente durante as explosões solares. Ao se aproximarem da Terra, pelo fato de serem eletricamente carregadas, essas partículas se deixam aprisionar no campo magnético da Terra como que em uma ‘garrafa magnética’. Partículas provenientes de explosões solares podem ser canalizadas verticalmente em ambos os pólos magnéticos. Ao colidirem com átomos de oxigênio e moléculas de nitrogênio e oxigênio da atmosfera terrestre entre 100 km e 1.000 km de altitude, esses átomos e moléculas podem ser energizados. Mas, em seguida, eles se desfazem da energia adicional emitindo luz, fazendo as auroras aparentarem cortinas de várias cores e tons, agitadas pelo vento. A ocorrência de auroras aumenta a cada 11 anos quando o Sol fica mais ativo, isto é, com mais manchas na sua superfície. As auroras também geram ondas de rádio que podem ser detectadas. Ocorrem também em outros planetas do Sistema Solar que tenham campo magnético. As miragens de deserto consistem em fenômeno distinto das auroras. Quando há uma variação sensível da temperatura entre duas camadas de ar, estas atuam como uma superfície refletora da luz ou espelho que produz uma imagem invertida da paisagem. Quanto à influência da localização geográfica sobre o fenômeno, as auroras são observadas nas regiões polares porque os pólos magnéticos se encontram perto dos pólos geográficos. (Oscar Matsuura, Museu de Astronomia e Ciências Afins/RJ, Ciência Hoje, 03/2000).

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