O
uso mais difundido é a produção de bombas atômicas, mas urânio enriquecido
também serve a fins mais pacíficos. O metal é um importante gerador de energia
elétrica e é usado como combustível em reatores que ajudam desde propósitos
médicos (no tratamento de alguns tipos de cânceres) até o mercado agrícola. É
bem provável que as cebolas que você tem na cozinha, por exemplo, tenham
passado por um reator que utiliza urânio como combustível. O processo diminui
as chances de elas brotarem dentro da sua geladeira e aumenta o tempo de
conservação do alimento em mais de seis meses.
Mas
a maior parte do urânio encontrado na natureza não tem tanto potencial
energético. Das três variações do metal – classificados pelo número de nêutrons
de seu núcleo – o mais abundante é o U-238, que também é o mais pobre. O único
que tem poder de se fissionar (se quebrar e, assim, gerar energia) é o U-235,
que representa menos de 1% de todo o urânio retirado das minas.
O processo de enriquecimento consiste em concentrar a porção de U-235 no
urânio bruto, diminuindo a quantidade do metal pobre. O resultado é tão
poderoso que apenas alguns gramas de urânio enriquecido substituem toneladas de
carvão no fornecimento de energia.
Revista Superinteressante.
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