Sim.
E não estamos falando do mágico David Coperfield. A proeza foi
feita com um único átomo. Em maio de 1996, os físicos David
Wineland e Chris Monroe, do Instituto Nacional de Padrões e
Tecnologia, em Boulder, colorado, nos Estados Unidos, colocaram um
átomo de berílio em dois lugares no mesmo momento. Mas isso
aconteceu apenas durante uma fração de segundos. Logo após, o
átomo voltou ao seu estado normal, ocupando um único local.
Esse
foi o pontapé inicial. “Em princípio, não há limitação
fundamental para pôr um objeto maior em dois lugares ao mesmo
tempo”, diz Wineland. “Mas os obstáculos técnicos seriam
enormes”. O problema é o tamanho. Há dez anos, a Ciência só
conseguia a proeza com partículas subatômicas. Monroe e Wineland
fizeram isso com um átomo 100 000 vezes maior do que qualquer
subpartículas, dilatando a fronteira entre fenômenos microscópicos
e macroscópicos. O próximo passo é passar do átomo para a
molécula. Depois, pode ser a vez dos animais. Quem sabe até
racionais.
Conheça
a experiência que colocou um átomo em dois lugares diferentes.
Primeiro
Passo: Aprisionar um átomo de berílio dentro de uma gaiola criada
por magnetismo.
Para
sujeitar um átomo até ele ficar quietinho, um feixe de laser
arranca um de seus elétrons.
Quando
a temperatura chega perto do zero absoluto (-273º Celsius), o átomo
fica dentro e fora da gaiola.
Para
confirmar que ele está cá e lá, os átomos são iluminados com
laser. Ele reage aos raios como se estivesse nos dois lugares (Super,
09/1997).
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