segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Uma coisa pode estar em dois lugares ao mesmo tempo?


Sim. E não estamos falando do mágico David Coperfield. A proeza foi feita com um único átomo. Em maio de 1996, os físicos David Wineland e Chris Monroe, do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia, em Boulder, colorado, nos Estados Unidos, colocaram um átomo de berílio em dois lugares no mesmo momento. Mas isso aconteceu apenas durante uma fração de segundos. Logo após, o átomo voltou ao seu estado normal, ocupando um único local.
Esse foi o pontapé inicial. “Em princípio, não há limitação fundamental para pôr um objeto maior em dois lugares ao mesmo tempo”, diz Wineland. “Mas os obstáculos técnicos seriam enormes”. O problema é o tamanho. Há dez anos, a Ciência só conseguia a proeza com partículas subatômicas. Monroe e Wineland fizeram isso com um átomo 100 000 vezes maior do que qualquer subpartículas, dilatando a fronteira entre fenômenos microscópicos e macroscópicos. O próximo passo é passar do átomo para a molécula. Depois, pode ser a vez dos animais. Quem sabe até racionais. 
Conheça a experiência que colocou um átomo em dois lugares diferentes.
Primeiro Passo: Aprisionar um átomo de berílio dentro de uma gaiola criada por magnetismo.
Para sujeitar um átomo até ele ficar quietinho, um feixe de laser arranca um de seus elétrons.
Quando a temperatura chega perto do zero absoluto (-273º Celsius), o átomo fica dentro e fora da gaiola.
Para confirmar que ele está cá e lá, os átomos são iluminados com laser. Ele reage aos raios como se estivesse nos dois lugares (Super, 09/1997).

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