A teoria clássica sobre o comportamento da luz é uma
teoria ondulatória, dentro do eletromagnetismo clássico, e
mostra-se adequada para descrever a interação da luz com corpos de
dimensões maiores que o comprimento de onda da primeira, ou a
interação da luz com a matéria em baixas energias. A teoria
quântica relativística, ou eletrodinâmica quântica (conhecida
como QED), surgiu para tentar explicar alguns fenômenos em escala
subatômica, em especial os associados a radiações (como a luz),
que não podiam ser compreendidos com base na chamada teoria
ondulatória clássica. Até valores moderados de energia, a QED é
adequada para descrever em escala subatômica o comportamento da luz
— ou de qualquer outra radiação eletromagnética (das ondas de
rádio aos raios gama) — em sua interação com a matéria. Em
altas energias, porém, mesmo a QED é incapaz de explicar de forma
completa a interação da luz com a matéria, porque nessas condições
manifestam-se, além da interação eletromagnética, outros tipos de
interações (forte e fraca), que requerem outras teorias quânticas
relativísticas para a sua descrição. Essas teorias são a
cromodinâmica quântica (QCD) e a unificação eletrofraca. (Vitor
Oguri, Departamento de Física Nuclear e Altas
Energias, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Ciência Hoje,
09/2003).
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