O aparelho de
microondas não é eficaz para esterilizar alimentos. Esse
equipamento apenas os aquece. A esterilização é a redução de
microorganismos a níveis baixíssimos, o que deve ser feito por
empresas especializadas, pois é necessário um controle rigoroso da
temperatura e da pressão. A esterilização precisa ser conduzida
com bastante rigor, pois, se malfeita, pode causar problemas a saúde.
Uma seringa mal esterilizada, por exemplo, pode levar á morte.
É preciso
diferenciar esterilização de diminuição de micro-organismos com o
objetivo de preservar alimentos por mais tempo. A esterilização é
um passo além de simplesmente cozinhar ou diminuir a carga
microbiana: é garantir que a possibilidade de o micro-organismo
sobreviver seja muito baixa. Na verdade, a maior parte dos alimentos
que comemos não é esterilizada, mas apenas submetida a mecanismos
para reduzir a qualidade de microorganismos e frear sua reprodução,
como a preservação em geladeira, a secagem e a salga.
A radiação gama
pode ser utilizada para esterilizar alimentos, mas ainda não é
empregada comercialmente no país. Em geral, essa tecnologia é mais
usada para reduzir os microorganismos, e aumentar o tempo de vida dos
alimentos nas prateleiras dos mercados. O caso mais usual é a
irradiação de temperos.
Os raios
ultravioletas também podem ser usados para conter a proliferação
de microorganismos, mas sua penetração é limitada, não vai além
da superfície onde incidem. Esse processo também não é utilizado
comercialmente no Brasil para esterilizar alimentos.
Susy Sabato. Centro
de Tecnologia da radiação, Instituto de pesquisas energéticas e
nucleares, comissão nacional de energia nuclear (SP).
Revista Ciência
Hoje, outubro de 2009.
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