Sim.
Os elétrons livres dentro da espira, arrastados com ela no campo
magnético, sofrem uma força magnética descrita por F = e. V
x B (B entrando na folha) que desloca-os para o lado de
baixo, deixando uma concentração de cargas positivas no lado de
cima. Nesse caso, pode-se mostrar que a força eletromotriz induzida
é dada pelo produto B.d.V, onde d representa o
diâmetro da espira. É um caso típico de força eletromotriz
induzida devida ao movimento, princípio básico no qual se
fundamenta a construção da maioria dos geradores de energia em uso
atualmente. Para enfatizar que se trata de um caso de força
eletromotriz, podemos imaginar conectar um resistor aos “pólos”
positivo e negativo de nossa “fonte” por meios de fios condutores
paralelos ao campo magnético, ficando o resistor fora da região de
atuação do campo e movendo-se todo o conjunto solidário à espira.
Uma corrente elétrica induzida percorrerá o resistor, embora não
se possa identificar circuito algum através do qual haja variação
do fluxo magnético.
Na
verdade, o argumento todo continua válido substituindo-se a espira
por um simples fio. A sugestão de uma espira foi apenas para
enfatizar que pode haver força eletromotriz induzida mesmo quando
não há variação do fluxo magnético através de qualquer circuito
fechado (Caderno Catarinense de Ensino de Física, 12/2001).
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