Pode-se montar um
câmara escura com uma caixa de sapato, com um furo em um dos lados.
Depois retira-se parte do lado oposto da caixa e coloca-se papel
manteiga. Para ver a imagem invertida é preciso que a caixa esteja
em um lugar escuro (ou que o observador use um pano preto sobre a
cabeça). “Quando um objeto bem iluminado é colocado na frente da
câmara, sua imagem é projetada invertida no fundo da caixa”,
conta o físico Mikiya Muramatsu, da Universidade de São Paulo. Um
feixe de luz é formado por pequenos raios. O topo do objeto
iluminado emite vários desses raios, mas apenas um deles, que sai do
objeto inclinado com determinado ângulo, consegue passar pelo
buraco. Os outros são barrados pela parede da câmara. Como a luz
anda em linha reta, e não faz curva (a não ser em condições muito
especiais), um raio que sai inclinado do topo da vela ira atingir a
parte de baixo da caixa. Com isso, a imagem que se forma é
invertida. O furo deve ter cerca de meio milímetro. Se for maior,
deixa que mais de um raio correspondente a cada ponto do objeto
atinja a parede e a imagem fica borrada. Se o orifício for muito
pequeno, os raios vão sofre um desvio ao esbarrar na sua borda,
diminuindo o contraste.
Super
Interessante, Novembro de
1994.
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