O
princípio de funcionamento de uma usina nuclear é muito parecido
com o de uma usina térmica: o calor serve para fazer evaporar a água
de uma caldeira e o vapor aciona uma turbina. O processo começa
dentro do reator. Lá existe uma grande quantidade de urânio 235,
uma substância radioativa. Os núcleos dos átomos desse elemento
químico são bombardeados com nêutrons e se dividem em dois,
liberando mais nêutrons, que irão quebrar outros núcleos atômicos.
Essa reação em cadeia provoca calor. Ele aquece a água do chamado
circuito primário, que circunda o núcleo do reator. O líquido
chega a atingir a 320ºC, mais ou menos a temperatura da chama
de um fósforo. Para que ela não entre em ebulição ao atingir os
100ºC, há uma estrutura chamada pressurizador que mantém a
pressão elevada à cerca de 157 vezes atmosferas (ou seja, 157 vezes
maior que em um ambiente normal). Se a pressão é maior, o líquido
entra em ebulição apenas com temperatura mais alta, porque suas
moléculas ficam mais comprimidas.
A
água do sistema primário passa, por meio de tubulações, dentro de
outra estrutura também cheia de água, chamada gerador de vapor. Ao
entrar em contato com as tubulações aquecidas, o conteúdo do
último recipiente se transforma em vapor. Este se expande e, por
meio de outras tubulações, atinge uma turbina fazendo-a girar. A
energia térmica se transforma então, em energia mecânica. A
energia do movimento de rotação do eixo da turbina é transferida
para o eixo de um gerador, produzindo energia elétrica. O vapor,
depois de passar de passar pela turbina, vai para um condensador onde
é resfriado, transformando-se novamente em líquido e voltando para
o reator pa ser reutilizado. Esse é o processo de funcionamento da
maioria das usinas nucleares, incluindo a Central Nuclear de Angra,
no estado do Rio de Janeiro (Super, 06/1995).
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