A invenção da bomba atômica se
deu por etapas. Em 1934, o físico italiano Enrico Fermi descobriu a
radioatividade do urânio, que é o elemento natural mais pesado e
capaz de sofrer fissão. No final de 1938, os físicos Otto Hahn e
Fritz Strassmann conseguiram pela primeira vez promover o processo de
fissão, que ocorreu quando o urânio é bombardeado por nêutrons
(partículas subatômicas sem carga) que provoca a divisão de cada
núcleo em dois, de massa menor, com grande liberação de energia.
Em 1939, o físico francês Fréderic Joliot descobriu que a explosão
dos núcleos liberava novos nêutrons, que por sua vez, poderiam
bombardear outros núcleos de urânio. Estava descoberto o mecanismo
da reação em cadeia, que permitiria obter uma energia de potência
até então inimaginável. Mas o processo só foi conseguido em 1942
nos Estados Unidos por um grupo de físicos chefiados por Fermi, que
havia se exilado no país durante a segunda guerra mundial. A
construção das primeiras bombas atômicas e as pesquisas de Fermi
sobre a reação em cadeia foram feitas dentro do famoso “Projeto
Manhattan” , lançado pelo presidente Franklin Roosevelt e dirigido
pelo físico americano Robert Oppenheimer. A guerra estava no auge.
De 1942 a 45, os físicos pesquisaram a construção da bomba,
escolhendo como materiais de fissão o urânio 235 e plutônio 239.
Em julho, uma bomba de plutônio foi detonada no deserto do Novo
México, no primeiro teste da nova arma. Em 6 de agosto, a segunda
bomba atômica, de urânio, batizada Little
Boy, foi lançada
sobre Hiroshima, matando cerca de 140 mil pessoas. Dois dias depois,
outra bomba, de plutônio, a
Fat Man, foi
lançada sobre a cidade de Nagasaki, matando 70 mil pessoas (Fonte:
Luís Carlos de Menezes, físico do Instituto de Física da USP,
Galileu, 11/1998).
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