sábado, 17 de novembro de 2012

Quem inventou a bomba atômica? Do que era feita e como foi acionada?


A invenção da bomba atômica se deu por etapas. Em 1934, o físico italiano Enrico Fermi descobriu a radioatividade do urânio, que é o elemento natural mais pesado e capaz de sofrer fissão. No final de 1938, os físicos Otto Hahn e Fritz Strassmann conseguiram pela primeira vez promover o processo de fissão, que ocorreu quando o urânio é bombardeado por nêutrons (partículas subatômicas sem carga) que provoca a divisão de cada núcleo em dois, de massa menor, com grande liberação de energia. Em 1939, o físico francês Fréderic Joliot descobriu que a explosão dos núcleos liberava novos nêutrons, que por sua vez, poderiam bombardear outros núcleos de urânio. Estava descoberto o mecanismo da reação em cadeia, que permitiria obter uma energia de potência até então inimaginável. Mas o processo só foi conseguido em 1942 nos Estados Unidos por um grupo de físicos chefiados por Fermi, que havia se exilado no país durante a segunda guerra mundial. A construção das primeiras bombas atômicas e as pesquisas de Fermi sobre a reação em cadeia foram feitas dentro do famoso “Projeto Manhattan” , lançado pelo presidente Franklin Roosevelt e dirigido pelo físico americano Robert Oppenheimer. A guerra estava no auge. De 1942 a 45, os físicos pesquisaram a construção da bomba, escolhendo como materiais de fissão o urânio 235 e plutônio 239. Em julho, uma bomba de plutônio foi detonada no deserto do Novo México, no primeiro teste da nova arma. Em 6 de agosto, a segunda bomba atômica, de urânio, batizada Little Boy, foi lançada sobre Hiroshima, matando cerca de 140 mil pessoas. Dois dias depois, outra bomba, de plutônio, a Fat Man, foi lançada sobre a cidade de Nagasaki, matando 70 mil pessoas (Fonte: Luís Carlos de Menezes, físico do Instituto de Física da USP, Galileu, 11/1998).

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