Supõe-se que os elétrons giram
em torno do núcleo do átomo. De acordo com os princípios da
mecânica quântica, os elétrons movem-se de forma aleatória e são
concentrados em regiões chamadas orbitais. Os orbitais definem um
volume onde é mais provável encontrar o elétron e possuem uma
semelhança maior com uma nuvem do que com a órbita de um planeta em
torno do Sol. Os orbitais são classificados por grau crescente de
complexidade, usando letras derivadas da aparência de seu espectro –
s, p, d, f (do inglês sharp, principal, diffuse, fundamental,
respectivamente) –, e são agrupados em camadas esféricas em torno
do núcleo. A nomenclatura dessas camadas foi criada pelo
espectroscopista Charles Glover Barkla (1877-1944), prêmio Nobel de
Física em 1917, que estudava os raios X emitidos quando elétrons de
alta energia colidem com o átomo. Por ter observado a existência de
dois tipos de raios X com energias diferentes, Barkla usou
inicialmente as letras A e B para descrevê-los por ordem decrescente
de energia. Mais tarde, imaginou que o átomo pudesse emitir raios X
de maior energia e mudou para as letras K e L, de forma a deixar
espaço para futuras descobertas na seqüência alfabética. Hoje,
sabe-se que esses raios são emitidos quando o elétron de uma camada
atômica mais interna, ejetado durante a colisão, volta a ocupar o
orbital vazio. Portanto, os raios X de maior energia que o átomo
pode emitir são os K. A camada eletrônica passou, então, a receber
o nome do raio X correspondente. Quem quiser saber mais sobre esse
assunto pode acessar o site do Laboratório Thomas Jefferson
(National Accelerator Facility – Office of Science Education):
http://education.jlab.org/qa/archive_idx.html (Jean Guillaume Eon,
Instituto de
Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ciência Hoje,
10/2004).
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