sábado, 24 de novembro de 2012

O uso de telefones celulares por crianças – como algumas propagandas sugerem – pode ser prejudicial a elas, pelo fato de seus cérebros ainda estarem em formação?


Hoje, crianças e adultos estão permanentemente expostos a campos e radiações eletromagnéticas. Onde houver um equipamento elétrico/ eletrônico haverá campos ou radiação eletromagnética. O telefone sem fio, por exemplo, presente em boa parte das residências brasileiras, é um radiotransmissor muito parecido com o telefone celular. Os microcomputadores e as televisões, largamente utilizados por crianças, também são fontes de radiação eletromagnética. O celular chama mais a atenção, talvez, por ter sido uma novidade rapidamente incorporada pela sociedade. As normas técnicas, em geral, não trazem recomendações específicas sobre o uso de telefones celulares por crianças. Algumas normas fazem restrições à instalação de antenas de celular perto de hospitais, creches e asilos. Em 2000, um estudo financiado pelo governo inglês e realizado por uma comissão de pesquisadores (http://www.iegmp.org.uk/report/text.htm) concluiu que não há evidências de danos à saúde provocados pela utilização de aparelhos telefônicos celulares. Entretanto, o mesmo estudo recomenda, sem apresentar justificativas claras, que se imponham limitações ao seu uso por crianças e adolescentes. É importante ressaltar que o telefone celular é apenas uma das fontes de radiação hoje presentes no ambiente. Se, no futuro, os resultados das pesquisas indicarem a necessidade de imposição de restrições ao uso de celulares por crianças ou mesmo por adultos, tais restrições deverão ser feitas não apenas aos celulares, mas a todos os equipamentos e sistemas que geram campos e radiações eletromagnéticas. Para informações mais detalhadas, sugerimos consultar, na internet, o endereço: http://www.mcw.edu/gcrc/cop/cellphonehealth-FAQ/toc.html (José Osvaldo Saldanha Paulino, Departamento de Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Minas Gerais; Ciência Hoje, 04/2003).

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