quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Como funciona um carro bicombustível?


1. Tanque maior
O carro bicombustível, ou flexfuel, pode rodar com qualquer mistura de álcool e gasolina, em qualquer proporção. Como o motor a álcool consome mais litros de combustível por quilômetro rodado do que o motor a gasolina, o tanque do flexfuel costuma ser de 10% a 20% maior do que um tanque só de gasolina, para contemplar a possibilidade de o usuário utilizar somente álcool e conseguir andar a mesma distância.
2. Reservatório de Gasolina
Como a explosão gerada pelo contato do álcool frio com a faísca da vela não é suficiente para colocar o motor em movimento, o bicombustível tem o chamado sistema de partida a frio. Quando a partida é dada, a gasolina armazenada em um reservatório com capacidade de cerca de um litro abastece o motor com o combustível, que tem ignição mais fácil.
3. Sensor inteligente
Com o motor funcionando, um sensor analisa os gases emitidos pela queima do combustível. Dependendo da quantidade de álcool presente no combustível, é gerada uma voltagem diferente, que é percebida pelo sensor. A informação é encaminhada para um chip, que é a “inteligência” do carro bicombustível.
4. Motor
Um software recebe a mensagem com a quantidade de álcool que está no tanque e faz os ajustes necessários. São alterados a quantidade de ar e combustível que entra no cilindro e o ponto de ignição, ou seja, o momento exato em que a vela deve soltar a faísca para fazer a mistura explodir e garantir o máximo de potência para o motor.
Vantagem
O carro bicombustível tem a vantagem da flexibilidade. O usuário pode escolher se vai encher o tanque com álcool ou gasolina considerando, por exemplo, a variação dos preços.
Desvantagem
Como o motor é adaptado para funcionar com os dois combustíveis, ele não alcança a potência de um motor exclusivo para gasolina ou para álcool
Fontes consultadas: Engenheiros Ronaldo Savagni, da Escola Politécnica da USP e Geraldo Rangel, diretor da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva.

Super, abril de 2005.

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