Toda
fonte de luz, natural ou artificial, contribui para a degradação
dos objetos. Materiais orgânicos, como papéis e telas, são mais
suscetíveis à ação da luz do que os inorgânicos, como pedra e
cerâmica. A radiação infra-vermelha, por exemplo, pode alterar os
níveis de umidade dos materiais, provocando contração e dilatação
dos objetos. A radiação ultravioleta, mais danosa, desintegra a
estrutura dos materiais orgânicos e pode causar descoloração,
amarelamento. Assim, mesmo a iluminação do ambiente, se não for
controlada, oferece riscos.
A
alegada ação danificadora do flash sobre as pinturas, no entanto, é
apenas uma saída dos museus para evitar excessos. Especialistas em
restauração afirmam que a incidência dessa luz é inofensiva para
o pigmento e que não existem evidências de riscos excepcionais
sobre objetos pictóricos, como havia sido sugerido no passado, em
comparação à degradação normal sofrida pelos materiais expostos
em um ambiente com controle de iluminação entre 80 e 200 lux
(unidade de medida de iluminação do sistema internacional).
(Fontes: Carlos Rielli, perito restaurador, e Regina Rocha, museóloga
do Instituto Itaú Cultural; Galileu, 06/2003).
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