sábado, 17 de novembro de 2012

Como se originam os pólos magnéticos dos corpos celestes?


Os dois ingredientes básicos que podem dar origem a campos magnéticos são materiais magnéticos e correntes elétricas. Uma barra de ferro, por exemplo, pode gerar campo magnético se for enrolada em fios e se fizermos passar corrente elétrica através deles. Planetas e estrelas podem gerar campos magnéticos se tiverem esses dois ingredientes. Planetas sólidos como a Terra, por exemplo, podem ter núcleo metálico líquido pelo qual circulam correntes elétricas. Nos planetas gasosos como Júpiter, o material magnetizado pode ser o gás hidrogênio submetido a pressões elevadas. Nessas condições ele torna-se um bom condutor elétrico. Em estrelas, o material magnetizado é o plasma (gás aquecido e ionizado). Se o efeito global for o de um dipolo magnético — semelhante a uma barra imantada — então haverá dois pólos magnéticos: norte e sul. Na realidade, a topologia do campo magnético é bem mais complexa, podendo haver vários pólos. A orientação do campo (pólos) depende basicamente da orientação do movimento do material responsável pela sua geração. No caso da Terra, o eixo de rotação e o eixo magnético estão desalinhados em cerca de 11,5 graus. Por isso, o norte astronômico não é aquele indicado pela bússola, que nos indica o norte magnético (Enos Picazzio, Departamento de Astronomia, Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, Universidade de São Paulo, Ciência Hoje, 11/2002).

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