Os dois ingredientes básicos que podem dar origem a
campos magnéticos são materiais magnéticos e correntes elétricas.
Uma barra de ferro, por exemplo, pode gerar campo magnético se for
enrolada em fios e se fizermos passar corrente elétrica através
deles. Planetas e estrelas podem gerar campos magnéticos se tiverem
esses dois ingredientes. Planetas sólidos como a Terra, por exemplo,
podem ter núcleo metálico líquido pelo qual circulam correntes
elétricas. Nos planetas gasosos como Júpiter, o material
magnetizado pode ser o gás hidrogênio submetido a pressões
elevadas. Nessas condições ele torna-se um bom condutor elétrico.
Em estrelas, o material magnetizado é o plasma (gás aquecido e
ionizado). Se o efeito global for o de um dipolo magnético —
semelhante a uma barra imantada — então haverá dois pólos
magnéticos: norte e sul. Na realidade, a topologia do campo
magnético é bem mais complexa, podendo haver vários pólos. A
orientação do campo (pólos) depende basicamente da orientação do
movimento do material responsável pela sua geração. No caso da
Terra, o eixo de rotação e o eixo magnético estão desalinhados em
cerca de 11,5 graus. Por isso, o norte astronômico não é aquele
indicado pela bússola, que nos indica o norte magnético (Enos
Picazzio, Departamento de Astronomia, Instituto
de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, Universidade de
São Paulo, Ciência Hoje, 11/2002).
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