Porque
o sopro empurra para longe o ar quente e úmido que paira sobre a superfície da
sopa e o substitui por gases mais frios e secos. Isso facilita o escape do
calor do prato. O fenômeno é o mesmo em sopas, molhos ou mesmo uma xícara de
chá. “Para o físico, a sopa se comporta como a água – o que simplifica o
problema”, afirma o autor francês Hervé This no livro Um Cientista na Cozinha
(Editora Ática). Quando aquecidas, as moléculas de água se movimentam muito
rápido. Com tanta energia, algumas conseguem romper a tensão superficial do
líquido e escapam na forma de vapor. O ar logo acima da superfície também está
aquecido, com as moléculas de nitrogênio, oxigênio e outros gases movendo-se em
um ziguezague frenético. O vapor que emana da sopa encontra esse “fogo cruzado”
e o choque com outras moléculas devolve grande parte dele para o líquido. Após
várias colisões, a temperatura da superfície se equilibra com a do ar logo
acima dela.
Com o sopro, o vapor não encara essa resistência e é
mandado para longe antes que possa voltar à sopa. Como as moléculas que se
tornam vapor são jas mais carregadas de energia, sobram no líquido aquelas
menos energizadas – em outras palavras, mais frias.
Revista Superinteressante.
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