É tudo bem parecido
com a radiografia que você tira no médico. Ao colocar sua bagagem
na esteira, um gerador emite um feixe de raios-X que faz a varredura
do tipo de material que você está levando. Isso ocorre porque o
raio-X não atravessa os materiais da mesma forma: ele fica mais
concentrado quando se depara com átomos mais pesados, como os de
metal, e é menos absorvidos por átomos leves, como os do plástico.
Para formar a imagem no monitor, o computador interpreta as regiões
com menor incidência de raios como mais escura e vice-versa.
O problema desse
sistema, usado nos aparelhos mais simples, é que a imagem clara de
um explosivo pode ser facilmente escondida pela sombra escura de um
objeto de metal. Por isso, foi desenvolvido recentemente um aparelho
que emite dois tipos de raios X, formando duas imagens independentes-
uma de alta energia, que ressalta os materiais mais pesados, e outra
de baixa, para os mais leves.
“Comparando as
duas, o computador é capaz não só de separar imagens superpostas,
mas de determinar a densidade dos materiais e indicar possíveis
explosivos”, diz Luiz Góes, diretor técnico da Heimann,
uma das fabricantes desses aparelhos.
Após os atentados
de Nova York, alguns aeroportos internacionais estão adotando um
aparelho que usa uma tecnologia semelhante a das tomografias
computadorizadas. Depois de uma primeira varredura, o aparelho faz
outra, revelando imagens em três dimensões de objetos suspeitos.
Fonte:
Super, março de 2003, p.
26.
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