quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Quando a Terra Gira torna-se um imenso ímã. Como se forma o campo magnético da Terra? É verdade que os pólos magnéticos norte e sul se invertem com o tempo?


No interior da Terra, entre 2 900 e 5 200 quilômetros de profundidade, há uma camada de fluido constituída principalmente de ferro”, explica o geofísico Igor Pacca, do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo. Com o movimento de rotação do planeta o fluido também roda. Como a parte mais externa do globo é constituída por rochas sólidas, há um atrito entre as duas camadas, fazendo com que o fluido gire formando espiras. As correntes circulares que se formam comportam-se como os fios de um dínamo nos quais as cargas elétrica correm em círculo. Sempre que há cargas caminhando numa mesma direção forma-se campo magnético. É assim que a Terra transforma-se em um imenso imã.
O campo tem sempre uma orientação, que se convencionou chamar de norte. Apesar de o norte magnético não coincidir exatamente com o norte geográfico, a diferença entre eles é pequena. Mas nem sempre foi assim. Estudos recentes de resíduos magnéticos em rochas e no solo dos oceanos mostraram que o campo magnético da Terra já teve sua polaridade invertida pelo menos 170 vezes em 100 milhões de anos. A última delas aconteceu há cerca de 700 000 anos. Seria como se pegássemos uma bússola e ela apontasse para o nosso sul geográfico. Os cientistas ainda não conseguem explicar o porquê da inversão. Teoricamente a Terra teria que passar a girar para o outro lado para inverter a orientação do campo. Só que isso nunca aconteceu.
Como as inversões não ocorrem em períodos regulares não é possível prever quando será a próxima. Existem ainda variações menores na orientação do campo. Ele tende a sofrer pequenos desvios para oeste. Uma das explicações é que o núcleo central da Terra é sólido. Por isso ele anda mais devagar que a camada externa fluída, freando ligeiramente o movimento e provocando um pequeno desvio.(Super, 01/1996).

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