O aro observado ao redor do sol é um fenômeno óptico, e
ocorre em função da presença de nuvens altas translúcidas chamadas cirrustatus, que são nuvens em forma de
camadas, bem elevadas na atmosfera (cerca de 8 km acima da superfície,
aproximadamente) e formadas basicamente por cristais de gelo. Esses cristais
promovem a difração dos raios luminosos, desviando os raios de luz. Assim,
forma o aro ao redor do Sol, o halo.
Como os cristais de gelo funcionam como pequenas lentes, o
halo pode ser visto de diversas maneiras, dependendo da posição do observador,
das condições da atmosfera e do desvio da luz. É comum, por exemplo, ver as
cores do arco-íris no halo, devido à decomposição da luz na atmosfera. Em
algumas situações, inclusive, o halo, denuncia a presença de nuvens cirrustatus, pelo fato de serem quase
transparentes. Algumas vezes com espessuras um pouco maiores, essas nuvens
fazem com que o céu fique com um aspecto leitoso, parecendo um pouco
esfumaçado.
Geralmente, as nuvens são formadas na vanguarda do sistema
frontal (que é o encontro de massas de ar distintas), sendo até indicadoras de
mudanças de tempo, como queda na temperatura e aparecimento de chuva. Porém, se
uma massa de ar frio seguir para o oceano em vez de para o norte, embora as
nuvens possam ser avistadas, não há mudanças significativas no tempo dos dias
seguintes. Como temos a atuação mais frequentes de frentes frias desde o outono
até o meio da primavera, a ocorrência de halos pode ser maior.
Alem de ser observado ao redor do sol o fenômeno pode ser
visto à noite, em volta da Lua.
Fonte: Revista
Ciência Hoje, v. 42, agosto de 2008.
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