domingo, 2 de dezembro de 2012

Porque a cor do fogo varia de um material para outro? A temperatura também é diferente?


A cor depende basicamente do elemento químico em maior abundância no material que está sendo queimado. A mais comum, vista em incêndios e em simples velas, é a chama amarelada, resultado da combustão do sódio que emite luz amarela quando aquecido a altas temperaturas. “Vemos com mais frequência esse tipo de labareda porque o sódio é o elemento químico mais comum nas atividades humanas”, explica o químico Vanin, da Universidade de São Paulo. Muitas vezes a base da chama é azul por causa da falta de oxigênio nessa região, que induz a formação de monóxido de carbono. Quando, durante a combustão, são liberados átomos de cobre ou bário, como em incêndios de fiação elétrica a cor da chama fica esverdeada.
Nas queimaduras é comum encontra labaredas de cor violeta, resultado do potássio liberado pela madeira das arvores. Outro tipo de fogo, que dificilmente é produzido pela queima de matérias, mas geralmente aparece nos fogos de artifício, é o vermelho vivo, produto da combustão de cálcio. Algumas vezes a chama pode ser também invisível, como a produzida pelo metanol, um álcool bastante puro que não apresenta nenhum dos quatros elementos químicos citados. Na fórmula Indy, que usa esse combustível são comuns acidentes nos quais os pilotos se queimam sem que o fogo seja visto.
A temperatura depende da constituição química e da quantidade de material que esta sendo queimado, mas não tem relação com a cor. Por exemplo, nas substancias formadas por hidrocarbonetos (carbono e hidrogênio), quanto maior a cadeia de átomos mais quente será a labareda. A chama de uma vela, por exemplo, tem 800 graus e a de um fogão 1 200. A queima do metanol é bem mais fria. Geralmente fica entre 400 e 500 graus. “Existem ainda chamas produzidas pela queima da mistura de substancias químicas, como tetracloreto de carbono e éter de petróleo, que atingem apenas 50 graus e podem ser acesas na palma da mão”, diz Vanin.
Super interessante, Março 1996

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