A grande maioria das marcas que
encontramos à venda a gaseificada artificialmente, em um processo industrial
idêntico ao dos refrigerantes: retira-se o oxigênio presente no liquido e
injeta-se, em seu lugar, gás carbônico.
A água tem de ser resfriada para
absorvê-lo. “Gases a baixas temperaturas têm menor movimento molecular. Isso
torna mais fácil agregá-los ao líquido”, afirma o geólogo Uriel Duarte da Universidade
de São Paulo (USP). Já o processo natural de formação de água carbogasosa ou
carbonatada - como é chamada pelos cientistas –surge do aquecimento
subterrâneo.
As fontes estão situadas em
regiões onde ocorreram vulcões ou onde a camada de magma está mais próxima da
superfície. “Nesses locais, os condutos de magma atravessam as rochas até alcançarem
os aquíferos, reservatórios subterrâneos de água. O calor intenso quebra as
moléculas dos minerais contidos na água, liberando vapores e incorporando os
gases ao líquido”, diz Uriel. Existe ainda outra possibilidade: “O gás
carbônico também pode ser formado pela oxidação da matéria orgânica
presente no aquífero”, afirma o
hidrogeólogo Ricardo Hirata, também da USP. De qualquer forma, muitas águas
gasosas naturais podem apresentar teor de gás carbônico baixo para as
convenções comerciais e, nesse caso, recebem artificialmente um reforço de CO2.
Super
interessante, outubro de 2002.
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