Os
equipamentos de uso aeronáutico, tanto de comunicação como de navegação,
utilizam ondas de rádio. Como as emissoras de rádio no Brasil são concessões de
Estado, o Ministério das comunicações exerce um controle para evitar que elas
usem a mesma frequência ocupada pela Aeronáutica. No caso das rádios piratas,
que não têm registro no ministério, a frequência pode ser a mesma e causar
interferências. O equipamento que mais sofre influência das ondas é o Sistema
de Aproximação por Instrumento (ILS, sigla em inglês para Instrument Landing Sistem). O ILS
é composto por um transmissor no solo e um receptor instalado a bordo das
aeronaves, que fornece ao piloto informações da trajetória do avião na
aproximação para pouso.
O
piloto posiciona a aeronave observando as indicações de um instrumento
localizado no painel. Por meio dele, fica sabendo se o avião está alinhado com
a pista e se a altura está ideal. Se alguma onda de rádio achar que o avião
está alinhado quando não está. Ou o contrário, corrigindo uma posição que era
adequada.
“Isso
vale só na teoria”, diz Wallace Hermann, presidente da associação de radiofusão
popular do Rio de janeiro. “As nossas rádios, que preferimos chamar de
comunitárias, trabalham com potências muito baixas. Com certeza, não chegam a
afetar a transmissão entre o piloto e o solo”, diz Hermann. Mas, segundo o
Ministério da Aeronáutica, já foram observadas interferências na região
metropolitana de São Paulo causada por emissoras FM clandestinas.
Revista Super
interessante, agosto de 1997.
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