A marcha do carro utiliza o
mesmo princípio que o da bicicleta: rodas dentadas ou engrenagens, de tamanhos
diferentes e ligados entre si. Esse truque da mecânica aproveita muito melhor a
força do motor. Quando você engata uma primeira, por exemplo, você está
acionando um par de coroas conectadas. A menor se comunica com o motor, por
meio de um eixo, e a maior com as rodas, por outro eixo. Enquanto a menor dá
três voltas, junto com o motor, a maior dá apenas uma. É por conta dessa
diferença de giros que a primeira marcha tem força (é capaz de fazer o carro
andar). Em compensação, não tem velocidade. Lembre-se: em primeira, a cada três
giros do motor corresponde um só giro das rodas. Já quando o automóvel está
embalado, e você engata uma quarta ou uma quinta, a diferença entre os giros do
motor e os giros das rodas é quase inexistente, a velocidade aumenta, mas a
força diminui. Experimente sair com um carro em quinta e veja como a quinta é
uma marcha fraca.
“Na quarta, as engrenagens
têm praticamente o mesmo tamanho” diz o engenheiro mecânico Imad Bedros, da
Volkswagen do Brasil. Na maioria dos automóveis existem seis pares de rodas
dentadas que correspondem às cinco marchas mais a ré, que inverte o movimento
do motor.
Super, Julho de 1995.
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