“A pena tem a função de dar
estabilidade à flecha”, explica o físico André B. Henriques, da Universidade de
São Paulo. A coisa funciona como se alguém segurasse um pedaço de cordão com as
mãos, mantendo-o esticado. Puxa-se uma ponta para cada lado e o cordão fica
reto. Com a flecha acontece algo parecido: o impulso do arco funciona como um
puxão para frente e a pena, como um puxão para trás. Isso porque a pena sofre
um forte atrito do ar, que tende a impedir o movimento para frente. Como
resultado, a flecha fica “esticada”, como se estivesse presa, na frente, pelo
impulso que foi dado pelo arco, e também é puxada para trás pelo atrito nas
penas, na traseira. Não há saída: ela não tem como dar cambalhotas no ar, por
exemplo. Tirando-se as penas, uma ponta da flecha fica “solta”, da mesma forma
que o cordão ficaria se fosse puxado apenas numa de suas extremidades. No caso
da flecha, haveria um risco de ela se desestabilizar.
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