O risco de
interferências eletromagnéticas em equipamentos médico-hospitalares ainda não
está totalmente eliminado; está apenas sob controle. Enquanto estiverem em
operação gerações mais antigas desses equipamentos – cujos projetos não levavam
em conta a possibilidade de aparelhos de comunicação móveis causarem
interferências eletromagnéticas -, sempre haverá risco de essas interferências
ocasionarem problemas no ambiente hospitalar.
No entanto, a
situação está evoluindo para um quadro de maior imunidade dos equipamentos
médico-hospitalares e de menores níveis de emissão por telefones celulares.
Assim, à medida que os celulares vão sendo substituídos por aparelhos mais
compatíveis com os equipamentos usados por médicos em hospitais, o risco de
interferência eletromagnética vai se reduzindo. Mas enquanto a substituição não
for completa, deve-se considerar o risco de ocorrência do problema, que põe em
perigo a segurança do paciente que depende do funcionamento adequado daqueles
equipamentos.
É preciso
considerar ainda que o ambiente hospitalar está se modificando com a invasão de
novas fontes de emissão de radiações, como as redes wi-fi, entre outras. Embora
essas tecnologias já tenham nascido em um contexto de preocupação com as
interferências eletromagnéticas em equipamentos médico-hospitalares, ainda não
há soluções totalmente seguras de redes sem fio que possam operar sem risco em
hospitais.
Sérgio Santos Muhlen
Departamento de Engenharia Biomédica,
Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, Universidade Estadual de
Campinas
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