A dureza de um mineral é dada pela resistência que sua superfície oferece
ao ser riscada. Essa resistência é avaliada de acordo com uma escala chamada
Mohs, em homenagem ao mineralogista alemão Friedrich Von Mohs (1773-1839). Em
1820, ele selecionou dez minerais de diferentes durezas e os enumerou conforme
a resistência de cada um. Nessa escala, os minerais mais duros riscam os menos
resistentes. Por exemplo, a gipsita risca o talco, a fluorita risca a calcita,
e assim sucessivamente, até se chegar ao diamante, o mais resistente deles, que
risca todos, mas não é riscado. Até hoje, a escala é usada pelos especialistas
para comparar a resistência de outros materiais, como o vidro, por exemplo. Ele
está situado na faixa intermediária, entre os níveis 5 e 6, e, portanto, é
facilmente riscado pelo diamante. Para cortar uma placa de vidro, deve-se
apoiá-la em uma superfície plana. E, com o auxílio de uma régua, para que o
corte seja perfeito, e um diamante de ponta aguda, fixado em uma ferramenta
parecida com uma caneta, risca-se o vidro com certa pressão. Dessa forma,
obtém-se um sulco na superfície do vidro até que a linha sulcada coincida com a
borda de uma mesa. Por fim, é só segurar com firmeza a parte do vidro apoiada
na superfície plana com uma das mãos e, com a outra, forçar a parte do vidro
que está livre para baixo até que a placa se rompa.
Ivan Endreffy
Presidente da Associação Brasileira de Gemologia e
Mineralogia (ABGM).
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