O tacógrafo é constituído por
três elementos: sensor, processador de sinal e registrador. Nos tacógrafos para
veículos, é usado ainda um sensor de rotação, instalado em algum eixo do
sistema de tração, que pode ficar dentro da caixa de mudanças de câmbio. Esse
sensor pode ser magnético ou óptico e geral um pulso elétrico a cada volta do
eixo. Esse pulso é recebido pelo processador de sinal e assim, através da
diferença de tempo entre pulsos dada por um relógio eletrônico, o processador
calcula a velocidade média de rotação do eixo a cada volta. Em automóveis e
caminhões, os eixos do motor e da caixa de mudança de marcha giram com
velocidade da ordem de centenas de rotações por minutos. Dessa forma, a
velocidade é medida, aproximadamente, a cada décimo de segundo. A isso pode-se
chamar de “velocidade instantânea”. O eixo, em geral, é conectado às rodas, o
que, com as informações da razão de redução de rotação entre o eixo
instrumentado e a roda, e o perímetro (ou diâmetro) do pneu, o processador de
sinal pode fornecer diretamente a velocidade do veículo atualizada a cada
décimo de segundo. O registrador grava esses valores em intervalos de tempo
pré-definidos, em papel ou disquete, para que se tenha registrado o histórico
da velocidade desenvolvida pelo veículo durante o período desejado. Esse
instrumento funciona apenas para veículos terrestres, onde há uma relação
direta entre a rotação da roda e a distância percorrida pelo veículo.
Ronaldo de Breyne Salvagni
Professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica
da USP.
Revista Galileu, Abril de 2000.
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