Depende muito
do tempo de exposição à luz do Sol, cujo principal componente nocivo são os
raios ultravioletas (UV). Há evidências de que uma exposição longa à radiação
ultravioleta – isto é, 30% a 50% da necessária para causar queimadura solar –
leva à imunossupressão em humanos. Assim, a exposição longa, aparentemente,
gera mais malefícios do que benefícios. Já a curta exposição pode colaborar
para o equilíbrio do nosso organismo.
Experiências
realizadas com camundongos mostraram que a exposição prolongada a raios UV
atenuaram a resposta imune celular ao causarem a morte dos linfócitos T,
responsáveis pela defesa do organismo. Os linfócitos T são vitais no combate a
tumores e a parasitas intracelulares.
Outros estudos
de foto imunologia, uma área de pesquisa recente, constataram, porém, que a
lesão da pele provocada por raios solares gera liberação de peptídeos
antibacterianos, substâncias que funcionam como antibiótico. Várias doenças de
pele de natureza autoimune são tratadas com radiação ultravioleta. Nessa
situação, ocorre uma imunodepressão, que, entretanto, não causa aumento de
infecção, possivelmente devido à liberação dos peptídeos.
Verifica-se,
por outro lado, que habitantes de locais onde há menos exposição solar podem
sofrer efeitos psíquicos, como a depressão, que comprometem a eficiência do
sistema imunológico. Quanto às vantagens do banho de Sol de breve duração,
destaca-se a produção de vitamina D, que fortalece o sistema imunológico, além
de ajudar a absorção do cálcio. Porém, como a reação ao tempo de exposição ao
Sol varia entre os indivíduos, o ideal é tomar precauções como preferir
horários de menor intensidade solar, no começo da manhã e no final da tarde, e
usar filtro solar, como recomenda a Sociedade Brasileira de Dermatologia, que
tem um excelente trabalho educacional e preventivo do câncer de pele.
Luiz Anastácio Alves
Laboratório de Comunicação Celular, Instituto Oswaldo
Cruz, Fiocruz.
muito bom solucionou minhas duvidas
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