De laranja,
morango, chocolate... Huumm! As balas são tão gostosas... Mas, como qualquer
guloseima, as balas são para nos deliciar uma vez ou outra. O excesso, a gente
sabe, pode provocar cáries ou causar obesidade. Mas será que existe ciência nas
balas? Pode apostar que sim! Agora, por exemplo, você vai saber sobre o tipo
que explode na boca.
Bala gostosa e
explosiva, alguém aí conhece? Pois vale a pena juntar umas moedinhas para
experimentar. Elas não causam qualquer dano à saúde e, na verdade, parecem mais
um granulado do que uma bala. O segredo da sua fórmula são cristais de açúcar
que guardam bolhas de gás carbônico sob alta pressão.
Mas a bala
explosiva contém, ainda, outros ingredientes. Ela é produzida a partir da
combinação de alguns açúcares, como sacarose e lactose ou sacarose e xarope de
milho. Sua fórmula ainda leva amido, gelatina ou goma – como ágar, alginato,
pectina -, ingredientes que ajudam a aumentar a quantidade de gás carbônico
aprisionado, além de acidulantes, flavorizantes e corantes. Quanto nome
esquisito!
Bom, mas o
importante é que, na fábrica, tudo isso é misturado e aquecido sob alta
pressão, até que os açúcares passem do estado sólido ao estado líquido. Neste
ponto, é que o gás carbônico é adicionado à mistura. Depois, o líquido esfria,
ainda sob alta pressão, para deixar as bolhas de gás carbônico aprisionadas no
interior do grande torrão de açúcar que se formou.
Quando a
pressão é liberada, o tal torrão de açúcar se parte em pedaços bem pequenos,
como um granulado. As bolhas de gás carbônico continuam no interior dessas mini
balas, que são vendidas em pacotinhos.
Abra um
pacotinho desses e deixe o doce entrar em contato com a umidade da sua boca. O
açúcar vai se dissolver e... Ploft! Ploft! Ploft! Você vai sentir o estouro das
bolhas. O mesmo efeito pode ser conseguido se a bala for mastigada.
A fórmula dos
cristais de açúcar explosivos já pode ser encontrada em outros doces, como
chicletes e chocolates. Quando puder provar um docinho, experimente uma dessas
delícias explosivas!
Joab Trajano Silva
Instituto de Química, Universidade Federal
do Rio de Janeiro.
Revista Ciência Hoje das Crianças, Outubro de 2009.
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