Isso só
acontece quando o barco avança na mesma direção de onde vem o vento. Se o
velejador colocar a embarcação voltada exatamente contra a direção do vento, a
vela vai sacudir como uma bandeira e o barco não sairá do lugar. Se ele virar
apenas a vela, a tendência é ir para trás. Por isso, o velejador tem que virar
a embarcação e posicioná-la de forma que ela fique a 45 graus em relação ao
vento.
“A vela passa,
então, a funcionar como uma asa de avião: o vento passa com velocidade menor na
parte de dentro, fazendo uma pressão maior, e mais rapidamente na parte de
fora”, explica o engenheiro naval Paulo H. Parra, do Instituto de Pesquisas
Tecnológicas, em São Paulo. Essa diferença de pressão que aparece nos dois
lados provoca a formação de duas forças que empurram a vela. Uma delas tende a
fazer a embarcação tombar, e o velejador tem que equilibrá-la com o peso do seu
corpo. A outra leva o barco para a frente. Traçando um ziguezague na água do
mar e deixando sempre o barco com um ângulo de mais ou menos 45 graus em
relação ao ponto de chegada, o veleiro consegue chegar ao local desejado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário