Na pele, existem sensores para frio e calor. Esses receptores detectam a
temperatura local enviam sinais elétricos para regiões específicas do cérebro,
onde a informação é interpretada e transformada em ‘sensação’, isto é,
informação consciente de ‘frio’ ou ‘quente’. Enquanto a temperatura interna do
nosso corpo é mantida praticamente constante (cerca de 37°C), a temperatura da
pele varia em função de dois fatores: a temperatura externa e a quantidade de
sangue que, vindo do interior do corpo, vai irrigar a pele.
Se colocarmos pessoas diferentes em ambiente com a mesma temperatura (22°C,
por exemplo), a sensação de frio poderá ser maior em algumas, porque, em
temperaturas baixas, os vasos sanguíneos da pele se fecham. Isso diminui a
chegada de sangue aquecido (a 37°C) aos tecidos superficiais e ajuda a manter a
temperatura interna a 37°C. Num indivíduo em que os vasos se contraem mais, a
temperatura da pele será menor. Os sensores de frio enviarão um maior número de
sinais elétricos para o cérebro e ele terá uma sensação de frio mais intensa.
Assim, a intensidade da sensação de ‘frio’ ou ‘quente’ vai depender da
diferença de temperatura entre a pele e o interior do corpo.
Outros fatores, como a velocidade de mudança de temperatura na pele, também influem na intensidade da sensação. Pessoas com alterações dos vasos cutâneos (diabéticos, por exemplo) ou com alterações dos hormônios da glândula tireóide também podem sentir mais frio ou calor do que outras. (José Geraldo
Mill, Centro de Ciências da
Saúde, Universidade Federal do Espírito Santo).
Revista Ciência Hoje, Abril de 2012.
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