A distribuição de imagens via cabo surgiu por volta de 1948 nos Estados Unidos. Na época, esses sistemas eram instalados graças à iniciativa dos vendedores de aparelhos de TV e transmitiam apenas canais abertos (isto é, aqueles que podem ser sintonizados livremente por um receptor comum, desses que temos em casa). O objetivo era melhorar a qualidade da imagem recebida pelas pequenas comunidades do interior. Hoje (1994), nos Estados Unidos, 65 milhões de casas têm TV a cabo.
No Brasil, o primeiro sistema de distribuição que se conhece surgiu na cidade de São José dos Campos, em São Paulo, em 1976. Ele transmitia os sete canais abertos que existem no estado. Com o cabo, diminuiu a interferência do meio ambiente, por isso as imagens chegam melhores. Atualmente o sistema é usado para transmitir, além dos canais abertos, canais específicos, aos quais só tem acesso as pessoas que pagam por eles, os assinantes. Mas há outras formas de TVs por assinatura.
"Se fizermos uma comparação com as redes de distribuição de água, a TV a cabo é TV encanada. Pegamos os sinais e os mandamos tratados para o assinante", brinca o engenheiro Antonio Salles Teixeira Neto, diretor técnico da NET São Paulo, uma das empresas de TV por assinatura que utiliza a transmissão a cabo.
O sistema funciona da seguinte forma: no centro de controle eletrônico são colocadas várias antenas com alto poder de recepção. Elas captam os sinais vindos dos satélites e das antenas repetidoras das emissoras de TV. Nessa central, os sinais são processados e enviados para as casas das pessoas através de dois tipo de cabo: um ótico e outro chamado coaxial (cabo em que um fio condutor está envolto por outro condutor).
O cabo óptico, feito de fibra de vidro é capaz de conduzir luz por caminhos que não são retos. Ele é usado nos troncos principais (que se estendem por maiores distâncias) porque transmite melhor os sinais do que os cabos de tipo coaxial, cuja força de emissão vai se atenuando conforme aumenta o percurso.
Algumas regiões são servidas por um único tipo de cabo. "Em Brasília,, vamos usar apenas fibra ótica para as transmissões que entrarão em funcionamento no início de 1995", diz Longo, diretor superintendente da TVA , empresa de TV's por assinatura do Grupo Abril.
Os cabos podem ser fixados nos postes ou seguir por caminhos subterrâneos, algumas vezes acompanhando as redes de energia elétrica, ou seguindo paralelos aos cabos telefônicos. Ao chegar na casa do assinante, o cabo é ligado a um receptor de TV ao qual se acopla também um seletor, permitindo ao espectador escolher entre inúmeros canais, abertos e "fechados".
Super, Novembro de 1994.
A particularidade deste blog está em apresentar as perguntas - sobre assuntos que envolvam conteúdos de física, dos leitores (e/ou colaboradores) de revistas de divulgação científica - em conjunto com a resposta. O objetivo é “transformar” a pergunta e a respectiva resposta em um texto didático e dinâmico para o ensino de física. (http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol7/Num1/v12a02.pdf)
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