Elas são
totalmente diferentes. Uma lâmpada incandescente é um bulbo de vidro que contém
gás inerte e um filamento muito fino e longo de tungstênio, material de alto
ponto de fusão. Quando o interruptor é ligado, a corrente elétrica que passa
pelo filamento o aquece, o que o faz emitir luz. Quando a corrente é de baixa
intensidade, o aquecimento é pequeno e a luz é avermelhada. À medida que a
intensidade da corrente cresce, também aumenta a incandescência e a cor da luz
se torna amarela, depois branca, e em seguida, azulada. A temperatura atingida
pelo filamento de tungstênio de uma lâmpada de 60 watts chega a ser de 2.500°C. Esse tipo de lâmpada é
muito ineficiente na geração de luz, porque grande parte da energia é
desperdiçada em forma de calor.
Já a lâmpada fluorescente é
um tubo de vidro contendo dois eletrodos, de 3 a 5 mg de átomos de mercúrio e
um gás inerte a baixa pressão. Quando o interruptor é acionado, um dispositivo
denominado reator cria uma diferença de potencial elétrico entre os eletrodos.
Isso faz com que os elétrons liberados pelo eletrodo negativo sejam acelerados
para o positivo. Um elétron acelerado, ao encontrar um átomo de mercúrio, pode
ceder energia a um dos elétrons desse átomo, fazendo com que passe para uma
órbita de energia maior. Esse elétron, porém, retorna instantaneamente ao
estado anterior, e emite a energia ‘extra’ na forma de uma partícula chamada
fóton – na maioria dos casos, um fóton de luz ultravioleta. Esse fóton fornece
energia para um átomo do material fluorescente que reveste a parte interna do
tubo da lâmpada, e emite luz visível (fluorescência). Esse processo, em uma
lâmpada fluorescente, envolve milhões de átomos. Por produzir pouquíssimo
calor, esse tipo de lâmpada é mais eficiente que a incandescente.
Emico Okuno
Instituto de Física, Universidade de São Paulo.
Ciência Hoje, Setembro de 2012.