Esse risco não existe. A palavra laser é um acrônimo formado pelas iniciais de Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation. Significa, portanto, uma amplificação da luz pela emissão estimulada de radiação. Isso envolve a liberação de ondas luminosas chamadas fótons, que são emitidos por elétrons excitados.
Na pele, essa energia luminosa é absorvida por estruturas-alvo e convertida em energia térmica. No caso do pelo, a melanina-pigmento que dá a cor à pele, aos pelos e aos cabelos - é a estrutura-alvo (cromatóforo) onde energia luminosa se converte em energia térmica. É por isso, aliás, que os pelos claros não respondem tão bem a essa terapia quanto os pelos escuros.
Os efeitos indesejáveis desse tipo de tratamento decorrem do calor liberado. Não há, porém, caráter cumulativo dessa irradiação. Isso diferente do que ocorre com a radiação ultravioleta emitida pelo sol e por outras fontes luminosas. É esse tipo de luz que está envolvido com o processo de envelhecimento e com os cânceres cutâneos. Assim, não risco no contato cumulativo com o laser utilizado na depilação.
Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho (Departamento de Clínica Médica, Universidade Estadual de Campinas (SP)
Ciência Hoje, Março de 2010.
A particularidade deste blog está em apresentar as perguntas - sobre assuntos que envolvam conteúdos de física, dos leitores (e/ou colaboradores) de revistas de divulgação científica - em conjunto com a resposta. O objetivo é “transformar” a pergunta e a respectiva resposta em um texto didático e dinâmico para o ensino de física. (http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol7/Num1/v12a02.pdf)
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