Só as nuvens conhecidas como cúmulos têm a parte de baixo reta. Elas são formadas pela sobreposição de várias camadas de gotículas de água. Aliás, a palavra cúmulo significa mesmo a reunião de coisas sobrepostas. A formação delas ocorre da seguinte maneira. Em dias de Sol forte, alguns tipos de superfície da Terra absorvem radiação solar melhor que outras e, portanto, se aquecem mais rapidamente. " O ar entra em contato com essas superfícies e se torna mais quente e menos denso que o resto do ar que está a sua volta, subindo como se fosse uma bolha", diz o meteorologista Adilson Gandu, da Universidade de São Paulo.
Essa bolha é chamada de térmica. No momento de ascensão, o ar se resfria, provocando um aumento da umidade da térmica. Quando a umidade cresce, começam a se forma gotículas de água que se tornam visíveis na forma de nuvem. A nuvem se forma a uma altura em torno de 1 ou 2 quilômetros, dependendo da temperatura da térmica perto da superfície e da quantidade de vapor que ela carrega.
Quanto mais quente e menos úmida for a térmica, mais alto será o ponto onde ela vira nuvem. Como o nível de condensação encontra-se em uma altitude bem definida, a base da nuvem se alinha na mesma altura e fica reta. O formato irregular das laterais e do topo se deve às novas térmicas que penetram pela base do cúmulo. Como a região já está cheia de gotículas de água, essas novas térmicas se condensam logo acima da primeira camada, e assim sucessivamente, criando um empilhamento.
SUPER, Julho de 1996.
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