Na hipótese de a Lua ser destruída, à parte os prejuízos dos poetas e dos namorados, o planeta Terra sofreria diversas alterações. Algumas delas seriam fáceis de ser percebidas, outras não. As marés altas, por exemplo, perderiam cerca de 70% da intensidade atual. A periodicidade principal das marés passaria das 12h 25min para cerca de 12h. Essa variação afetaria determinadas formas de vida que se desenvolvem associadas às marés.
Em outra escala, que não afetaria as pessoas de forma muito sensível, haveria modificações nos movimentos de rotação e de translação da Terra, já que certas pertubações gravitacionais atribuídas à Lua deixariam de existir.
O único satélite natural do planeta também provoca, na Terra, as chamadas mares terrestres. Elas fazem com que as imensas placas da crosta terrestre subam e desçam, boiando sobre o magma - matéria pastosa do interior da Terra. Esse fenômeno é semelhante ao que ocorre com os navios que boiam sobre as águas dos mares, subindo e descendo ao sabor das variações das marés. Esses movimentos de deformação da matéria provocam atritos que ajudam a manter aquecido o interior do planeta. Se a Lua sumisse no espaço, essas deformações diminuiriam bastante, acelerando o processo de resfriamento do interior da Terra (Fonte: Roberto Boczko, astrônomo do Instituto Astronômico e Geofísico da USP).
Galileu, Fevereiro de 1999.
A particularidade deste blog está em apresentar as perguntas - sobre assuntos que envolvam conteúdos de física, dos leitores (e/ou colaboradores) de revistas de divulgação científica - em conjunto com a resposta. O objetivo é “transformar” a pergunta e a respectiva resposta em um texto didático e dinâmico para o ensino de física. (http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol7/Num1/v12a02.pdf)
segunda-feira, 21 de outubro de 2019
segunda-feira, 14 de outubro de 2019
Como funciona a chuva de meteoros e de meteoritos?
Em primeiro lugar, você precisa saber que o espaço sideral está cheio de fragmentos de corpos celestes que penetram a nossa atmosfera. É verdade! Acontece que a maior parte desse material vira vapor antes mesmo de chegar ao solo, como é o caso de meteoros, popularmente conhecidos como estrelas cadentes. Alguns blocos maiores, porém, não se vaporizam, atingindo a superfície terrestre muitas vezes em forma de chuva de fragmentos - esses são os meteoritos.
Os fragmentos menores geralmente estão relacionados aos cometas, que são como bolas de gelo sujas de poeira, que, ao se aproximarem do Sol, ficam mais quentes e soltam suas partículas de poeira, formando a popular cauda do cometa. Essas partículas continuam a girar em torno do Sol, seguindo a órbita do cometa, e esse movimento gera algo que pode ser comparado a um enxame de partículas, que produz muitos meteoros; eis a chuva de meteoros.
"Mas, e a de meteoritos?", você deve estar se perguntando. Pois bem! Em grande parte das ocorrências, a chegada de um meteorito é justamente anunciada pela passagem de um gigantesco meteoro, acompanhado de efeitos sonoros e explosões. Os meteoritos podem ser constituídos de material rochoso (rocha parecendo reboco de parede), metálico (ferro-níquel, parecendo um pedaço de trilho de trem) ou de uma mistura de ambos.
Calma, não é necessário andar de capacete por aí! A atmosfera consegue frear totalmente esses corpos no ar. Eles explodem geralmente a cerca de nove quilômetros de altura em relação ao solo e se fragmentam em vários pedaços. Quando esses pedaços caem se espalhando sobre uma região, chamamos o fenômeno de chuva de meteoritos.
Sempre que se sabe da queda de um meteorito, os cientistas vão até o local para coletar os dados referentes ao meteorito que foi recuperado e alertar a população sobre a possível existência de outros fragmentos, que geralmente podem ser encontrados por meio de detectores de metal ou simplesmente de um imã. Mas, atenção: quase todos os meteoritos são atraídos por um ímã, porém, nem tudo que é atraído por ímã é meteorito!
Os meteoritos caem aleatoriamente sobre a Terra. Existe, entretanto, uma incrível diferença no número de meteoritos que são vistos cair e recuperados logo após as quedas em diferentes regiões do planeta. Muitos deles são encontrados nas regões da Antártida e nos desertos, onde a ausência de chuva pode preservá-los por milênios (Maria Elizabeth Zucolotto, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro).
CHC, Novembro de 2010.
Os fragmentos menores geralmente estão relacionados aos cometas, que são como bolas de gelo sujas de poeira, que, ao se aproximarem do Sol, ficam mais quentes e soltam suas partículas de poeira, formando a popular cauda do cometa. Essas partículas continuam a girar em torno do Sol, seguindo a órbita do cometa, e esse movimento gera algo que pode ser comparado a um enxame de partículas, que produz muitos meteoros; eis a chuva de meteoros.
"Mas, e a de meteoritos?", você deve estar se perguntando. Pois bem! Em grande parte das ocorrências, a chegada de um meteorito é justamente anunciada pela passagem de um gigantesco meteoro, acompanhado de efeitos sonoros e explosões. Os meteoritos podem ser constituídos de material rochoso (rocha parecendo reboco de parede), metálico (ferro-níquel, parecendo um pedaço de trilho de trem) ou de uma mistura de ambos.
Calma, não é necessário andar de capacete por aí! A atmosfera consegue frear totalmente esses corpos no ar. Eles explodem geralmente a cerca de nove quilômetros de altura em relação ao solo e se fragmentam em vários pedaços. Quando esses pedaços caem se espalhando sobre uma região, chamamos o fenômeno de chuva de meteoritos.
Sempre que se sabe da queda de um meteorito, os cientistas vão até o local para coletar os dados referentes ao meteorito que foi recuperado e alertar a população sobre a possível existência de outros fragmentos, que geralmente podem ser encontrados por meio de detectores de metal ou simplesmente de um imã. Mas, atenção: quase todos os meteoritos são atraídos por um ímã, porém, nem tudo que é atraído por ímã é meteorito!
Os meteoritos caem aleatoriamente sobre a Terra. Existe, entretanto, uma incrível diferença no número de meteoritos que são vistos cair e recuperados logo após as quedas em diferentes regiões do planeta. Muitos deles são encontrados nas regões da Antártida e nos desertos, onde a ausência de chuva pode preservá-los por milênios (Maria Elizabeth Zucolotto, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro).
CHC, Novembro de 2010.
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