sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Por que o buraco na camada de ozônio fica sobre a Antártida se lá a poluição é menor?

O ozônio (O3) é um gás que envolve a Terra e a protege das radiações ultravioletas do Sol. Sua camada protetora é destruída pela ação do gás CFC (clorofluorcarbono), emitido principalmente por sprays e sistemas de refrigeração. Mas o processo demora, o CFC leva 70 anos para atingir a estratosfera onde está a camada de ozônio, espalhando-se uniformemente ao redor de todo o planeta graças as correntes de ar. Quem explica é o físico Volker Kirchhoff, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP): "A destruição sobre o polo sul é maior porque a chamada nuvem estratosférica, por seu muito fria, facilita a reação química entre o CFC e o ozônio". As partículas da nuvem servem como suporte sobre as quais ocorre a troca entre o O3 e o CFC, que destrói o ozônio. Isso favorece o crescimento do buraco sobre a Antártida. Fenômeno igual acontece também no polo norte, mas nessa região existem correntes de ar capazes de repor o ozônio destruído.


SUPER, agosto de 1995.