Quando falamos em tela sensível ao toque, pensamos logo em algo bem moderno, sem precisar teclar ou apertar botões. Mas fique você sabendo que essa tecnologia surgiu muito antes de você nascer, em 1971, nos Estados Unidos. Os anos se passaram e muitas evoluções aconteceram. Hoje, as telas sensíveis ao toque estão em celulares e monitores, como os de caixas-eletrônicos. Agora, diz aí: como elas funcionam?
Você já jogou batalha naval? A tela sensível de um computador ou de um celular é parecida com um tabuleiro desse jogo. Cada posição da tela tem, por trás, um endereço, uma combinação de dois símbolos (dois números ou um número e uma letra), que ativa alguma função quando tocada. OK! Mas você pode perguntar: e a sensibilidade ao toque, de onde vem?
Boa! Ela é obtida por meio de microfeixes de luz infravermelha (um tipo de luz invisível) que há na superfície da tela. Quando o usuário toca a a tela, os feixes correspondentes são interrompidos, um horizontal e outro vertical, aí o dispositivo detecta em que parte da tela houve o toque. Aquelas portas de aeroporto, hotel e shopping, que abrem e fecham sozinhas, têm o mesmo princípio: quando a pessoa passa pelo feixe de luz, ele é interrompido, fazendo a porta abrir.
O princípio de sensibilidade ao toque pode também estar associado a outras tecnologias, como a que usa fios bem pequenos dispostos debaixo da tela. Por esses fios passa corrente elétrica, que é interrompida quando a tela é tocada. Há, ainda, uma forma que usa ondas sonoras de alta frequência, que funciona de maneira parecida com a da tela por infravermelho.
É difícil dizer qual tecnologia é a melhor. Mas a verdade é que essas telas, independentemente de como funcionam, apresentam como benefício o uso mais fácil, mais intuitivo do que os botões e as teclas tradicionais. (Jorge Duarte Pires Valério, Departamento de Engenharia de Sistemas e Computação, UERJ).
CHC, Janeiro/fevereiro de 2012.