sexta-feira, 29 de maio de 2015

Qual a finalidade "caixa-preta" carregada em aviões e nos carros de Fórmula 1?

O nome correto da caixa-preta dos aviões é flight record (gravação de voo) e normalmente ela tem a cor laranja ou amarela, para facilitar sua localização após acidentes. Na verdade, os aviões levam duas caixas-pretas. A primeira registra os últimos 30 minutos de comunicação do avião com a torre de comando ou com outro avião. A segunda registra as informações dos equipamentos, isto é, altitude, velocidade, posição do leme, potência do motor etc, A função das caixas-pretas é, em caso de acidente, ajudar a identificar as suas casas. Os carros de Fórmula 1 não carregam caixa-preta. O que os especialistas em carros de corrida chamam por esse nome é, na verdade, apenas uma caixa onde estão reunidos todos os comandos eletrônicos do carro.

Artur Moura, assessor de imprensa da Boeing, e Jorge Meditsch, jornalista, diretor executivo da revista Okm.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Quantos minutos a Lua nasce mais tarde a cada dia? Por que isso acontece?

o atraso diário no horário de nascimento da Lua não é uma constante e pode variar de 35 minutos a uma hora. Esse atraso decorre do fato de a Lua estar gravitando ao redor da Terra, completando uma volta em 27 dias, 7 horas e 43 minutos (o mês sideral). Portanto, em média, a Lua se desloca aproximadamente 13 graus por dia, no mesmo sentido da rotação da Terra (Chega-se ao resultado de 13 graus dividindo-se 360 graus por 27). Isso quer dizer que, a cada dia, a Terra precisa girar 13 graus amais para que ocorra de novo o nascer da Lua. Como a Terra dá uma volta em torno de si em 24 horas (na verdade em 23 horas, 56 minutos e 4 segundos), para girar 13 graus são necessários 52 minutos, que a média do atraso diário no horário de nascimento da Lua. Mas por ser elíptica a órbita da Lua ao longo da órbita, a velocidade da Lua  ao longo da órbita é variável. Então, o seu deslocamento também varia, em torno da média de 13 graus, e consequentemente o atraso também varia entre entre 35 minutos e 1 hora.

Masayoshi Tsuchida, astrônomo do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo.

Globo Ciência/Abril de 1996.